Poema de Maria Delile Miranda Oliveira, do livro Meu tempo em verso e prosa. Itabuna: Mondrongo, 2015.
CLAMOR
Deixa eu viver
os meus dias
prazerosos, serenos,
até a hora da travessia!
Deixa eu desfrutar
as horas que valem,
se ainda forem minhas,
sem nada sofrer,
pois sofridos foram
tantos dias!
Sem chorar,
pois chorados foram
tantos dias
que valiam!
Deixa-me à serenidade do tempo
que suponho ainda ter,
nesse anoitecer
de meus miguados dias.