SELEÇÃO ILHEENSE COMEMORA TÍTULO HISTÓRICO

No próximo Sábado, dia 10 de dezembro do corrente ano, os veteranos que participaram do escrete ilheense que conquistou o título de campeão intermunicipal de 1980 voltarão a se encontrar para celebrar 25 anos da memorável conquista. Naquele ano, a equipe só perdeu o primeiro jogo para Vitória da Conquista fora dos seus domínios pelo placar de 1 x 0, entretanto, no jogo de volta, retribuiu com juros e correção monetária, jogando um futebol arrasador e aplicando uma goleada de 3 x 0 no selecionado conquistense no Mário Pessoa.O primeiro jogo da final foi realizado no Estádio Mário Pessoa e ilhéus ganhou pelo placar de 2 x 1. A equipe titular que jogou a finalíssima em Senhor do Bonfim e que empatou com o selecionado local de “Bobô e cia” jogou com Bico de Pato, Henrique Lampião, Urubu, Armando e Marcos Garcia, Sérgio Bico Duro, Paulinho Verdinho e Marcos Bandeira, Jorge Amarelinho, Dicó e Mário Sérgio. Jogaram ainda Néry e Fuminho. Faziam parte do escrete daquele ano, Paulo Cuminho, Rany, Plácido, Canário, Feijão, Ivo Badaró, Foca, Zé de Madá e outros atletas. Alguns jogadores fizeram parte da história do selecionado ilheense, como Abreu, Marcel, Dilton, Josias, Pitu, Leninho e outros craques.

O jogo começou equilibrado, mas logo aos 15 minutos do primeiro tempo Bobô fez 1 x 0. O Selecionado ilheense teve algumas oportunidades no primeiro tempo, mas não conseguiu converter em gols. No intervalo, devido a fumaça provocada pelos fogos e o barulho ensurdecedor provocado pela torcida adversária que tomava literalmente as arquibancadas do Estádio, os jogadores não desceram para o vestiário, preferindo permanecer no meio de campo, dentre eles, Urubu, Jorge Amarelinho, Marcos Bandeira e Mário Sérgio tentavam reanimar o grupo e mostrar o caminho mais perto para conseguir o empate. Começou o segundo tempo e o time ilheense dominou inteiramente o jogo, colocando a bola no chão e saindo seguro, nos lançamentos e enfiadas do meia esquerda Marcos Bandeira para Mário Sérgio e Jorge Amarelinho, surgindo diversas oportunidades que foram desperdiçadas. O gol era questão de tempo. Aproximadamente aos 25 minutos do segundo tempo, Marcos Garcia dividiu uma bola na esquerda e a bola sobrou para o zagueiro Urubu, que caprichosamente colocou a bola no fundo das redes do goleiro de Senhor do Bonfim, empatando o jogo. Ilhéus perdeu várias oportunidades com Marcos Bandeira, Dicó e Jorge Amarelinho. Já no Finalzinho do jogo jogaram uma bomba atrás do gol de Bico de Pato, e Bobô aproveitando uma oportunidade deu uma tamancada de fora da área , obrigando Bico de Pato a fazer uma ponte no meio da fumaça provocada pelos fogos e descer com a bola grudada no corpo. Ali, naquele lance ,sentimos que éramos campeões. Assim que o árbitro Manoel Serapião Filho apitou o final do jogo, os jogadores do escrete ilheense não se contiveram em lágrimas. Ilhéus, depois de 1966, voltava a ser campeão intermunicipal de futebol.
A chegada em Ilhéus foi triunfal, após 12 horas de viagem. Os operários das fábricas do Distrito Industrial pararam as suas atividades para recepcionar a seleção nos alambrados , batendo palmas e soltando fogos, saudando o ônibus que conduzia os jogadores da seleção, no momento de muita emoção. A Cidade parou. Algumas lojas fecharam e o Prefeito recebeu a delegação, levando uma verdadeira multidão para o centro da cidade para comemorar o título. O presidente da Liga Ilheense, Edval Moura, era um verdadeiro líder e soube aglutinar o grupo junto com Jadon Ribeiro. O técnico era Domingos Brito, o popular “Pelé” que, embora não tivesse grandes dificuldades para escalar o time, soube conduzir o grupo até a final com seriedade e compromisso. Luiz Massagista, com o seu senso de profissionalismo, completava o grupo.
Alguns desses atletas que ajudaram a escrever um pouco a história do futebol ilheense voltaramm a se encontrar no campo para festejar merecidamente o memorável título, obtido com muito suor, talento e união de um grupo maravilhoso e que ficará para sempre na história do futebol ilheense e na memória do torcedor ilheense.

MARCOS BANDEIRA

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